(HuffPost Brasil, 08/06/2016) A repórter Samanta Vicentini, do jornal Extra, fazia uma entrevista ao vivo no Facebook quando foi alvo de ataques de um leitor nos comentários. “Gorda”. “Que leitoa”. “Odeio gorda”.
Imediatamente vários outros leitores saíram em defesa de Vicentini, que interrompeu a entrevista para responder aquele que se autointitulou “gordofóbico”. “Eu tenho espelho em casa. Eu sei [que sou gorda] e isso pra mim não é ofensa. Gordo emagrece. Falta de caráter é pior que gordura. Isso aqui é só nossa embalagem”, respondeu a repórter ao vivo.
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Mais tarde, em um post no Facebook, Vicentini deu uma bela lição de empoderamento e feminismo não apenas ao “gordofóbico” que se achou no direito de atacá-la como a todas aquelas cujos corpos não estão nos tais ~padrões de beleza~ que só fazem aprisionar as mulheres.
“Eu sou gorda mas isso só tem que incomodar EXCLUSIVAMENTE a mim, sabe por quê? é o MEU corpo. EU que tenho que falar dele quando e como EU quiser.”
A jornalista admitiu ter ficado chateada com os comentários, mas ressaltou que o feminismo a ensinou a “não ficar calada’.
“Se tem uma coisa que o feminismo me ensinou é: não ficar calada. Sabe por quê? porque eu não estou sozinha. eu pedi licença para a minha convidada e falei o que eu acho.”
Luciana Sarmento
Acesse no site de origem: Repórter é chamada de gorda ao vivo e responde com lição de feminismo: ‘O corpo é meu’ (HuffPost Brasil, 08/06/2016)