(O Estado de S. Paulo, 30/06/2016) Durante a Copa, cidades-sede receberam menos da metade.
Nove milhões de preservativos estão sendo enviados ao Rio de Janeiro para abastecer atletas, imprensa, turistas, dirigentes, funcionários dos Jogos e a população local durante a Olimpíada, em agosto. A informação foi revelada à reportagem pela médica Adele Benzaken, a nova chefe do Departamento de Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Segundo ela, o objetivo é a de realizar uma campanha de prevenção tanto contra a Aids como para evitar o zika vírus. “A orientação que damos para a proteção contra o zika vírus inclui o uso de preservativos”, explicou.
O número de camisinhas distribuídas será mais que o dobro do que foi entregue durante a campanha realizada pelo governo durante a Copa do Mundo de 2014. Naquele ano, as cidades-sede receberam 4 milhões de preservativos.
Um dos principais focos será a Vila Olímpica. Segundo os dados oficiais, os mais de dez mil atletas terão à disposição até 450 mil preservativos, tanto masculinos como femininos. O número é duas vezes superior ao que Londres distribuiu em 2012.
Nos últimos dias, diversos atletas do golfe anunciaram que não iriam ao Rio de Janeiro para os Jogos por conta dos riscos de contrair o zika. Tanto o COI como a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontaram que “respeitam” as decisões individuais. Mas insistem que, com medidas de proteção, o risco poderia ser minimizado.
A OMS também recomenda para o amplo uso de preservativos diante da constatação de que a contaminação do zika por relações sexuais pode ser mais importante do que se imaginava originalmente.
Pelas sugestões da agência de saúde da ONU, casais que estejam no Rio para o evento devem usar preservativos em relações sexuais por dois meses depois dos Jogos para garantir que um eventual vírus seja transmitido.
Caso a mulher esteja grávida, a recomendação é para o uso do preservativo durante todo o restante da gestação. O produto distribuído durante os Jogos Olímpicos virá de uma fábrica de Xapuri, no Acre. Segundo Adele, os 9 milhões de preservativos poderão ainda ser incrementado com uma nova leva, caso seja necessário.
Jamil Chade, correspondente em Genebra – Estadão conteúdo
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