(O Estado de S. Paulo) O filme Amor? de João Jardim lança luz sobre o tema da violência doméstica, especialmente contra a mulher, uma realidade presente em milhões de lares brasileiros e considerada uma preocupação para 56% das mulheres brasileiras, segundo pesquisa do Ibope e do Instituto Avon, realizada em 2009.
Calcula-se que, no País, metade das mulheres agredidas sofra sem pedir ajuda. Os agressores são maridos, companheiros, ex-companheiros ou namorados. Entre as que não denunciam, as razões são: dependência financeira (24%), medo de serem mortas caso rompam a relação (17%) ou vergonha de admitir a agressão (8%).
Com base na experiência de 20 anos à frente da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo, a delegada Celi Paulino Carlota identificou uma trajetória comum entre os casos que chegam à polícia. A primeira fase da violência é falar alto e perder o respeito. Depois vêm as ofensas morais e o empurrão. Daí, para o pior. Muitos agressores se arrependem, prometem mudar, no entanto, o ciclo se repete e a violência volta com mais intensidade.
Com a implantação da Lei Maria da Penha, a violência doméstica contra a mulher deixou de ser um crime de menor poder ofensivo. E, com a maior divulgação do tema, as denúncias estão crescendo. Houve aumento de 123% no número de queixas à Central de Atendimento a Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), na comparação entre 2009 e 2010.
“Não bastasse todo o trauma, a violência doméstica também tem um custo social. Segundo dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, um em cada cinco dias de falta ao trabalho no mundo é causado pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas. A instituição estima que o custo total da violência doméstica varia de 1,6% a 2% do PIB de um país.”
SERVIÇO:
SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA MULHERES: 180
1ª. DELEGACIA DE DEFESA DA MULHER: 3241-3328
CENTRO MARIA MIGUEL PARA O ATENDIMENTO À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA: 6581-3135
CENTRO DE REFERÊNCIA ÀS VÍTIMAS
DE VIOLÊNCIA: 3866-2756
CRAVI – CENTRO DE REF. E APOIO À VÍTIMA: 3666-7778
INSTITUTO NOOS: (21) 2197-1500 – WWW.NOOS.ORG.BR
Veja a matéria completa: O drama da violência doméstica (O Estado de S. Paulo – 01/05/2011)