(Fiocruz, 20/07/2016) Trazendo um rico panorama dos conceitos recorrentes na pauta feminista, além de apresentar temas e significados em dimensões histórica, política e social, que envolvem diversos aspectos, tipos e cenários de violência, o Dicionário Feminino da Infâmia: Acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência será lançado em Manaus, no dia 22 de julho, às 16h, no auditório Canoas, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/ Fiocruz Amazônia), localizado na rua Terezina, 476 – Adrianópolis.
A obra reúne verbetes que estão ligados ao universo da violência contra a mulher e explica fenômenos que envolvem os vários aspectos, tipos e cenários das violências e também formas de resistência, além de informações sobre análises científicas que ampararam a criação de procedimentos, normas, abordagens e técnicas que hoje estão regulamentados e em funcionamento em diversos setores públicos de forma regular e/ou ainda embrionária.
Além disso, a ideia é passar aos leitores as mais importantes noções sobre conceitos de liberdade, direitos humanos, justiça, aspectos da educação masculina que levam à prática da violência e outros temas. A obra é organizada pelas pesquisadoras Elizabeth Maria Fleury-Teixeira e Stela Nazareth Meneghel e tem seu lançamento em Manaus inserido na programação do I Seminário de Assédio Moral no Trabalho, Violência e Gênero da Fiocruz Amazônia.
O ‘Dicionário’ é o resultado de um trabalho que reuniu muitas vozes: mais de cem colaboradores, pesquisadores e/ou profissionais de universidades, agências governamentais, serviços públicos de saúde, seguridade social, segurança pública, jurídico-policiais e organizações não governamentais trabalharam coletivamente na escolha de verbetes significativos e na elaboração dos mesmos.
Sobre as organizadoras:
Elizabeth Maria Fleury-Teixeira é Mestre em sociologia, pós-graduada em ciência política com especialização em políticas públicas, graduada em comunicação social. Trabalha com temas de gênero, mulheres, democracia e desenvolvimento, políticas públicas de gênero. Desde setembro de 2012 coordena o Comitê Nacional Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fundação Oswaldo Cruz, instituição em que trabalha desde 1987.
Conselheira no Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais, onde representa sua instituição. Conselheira na Associação de Amigos do Memorial da Anistia Política do Brasil, em Minas Gerais. Como escritora, recebeu prêmio nacional de poesias e tem livros publicados. Trabalhou como jornalista na grande mídia em Minas, Rio e São Paulo nos anos 70 e 80.
Foi ativista nos grupos de resistência democrática e pelos direitos das mulheres nos anos 70. Foi uma das líderes do movimento Quem Ama Não Mata, iniciado em Minas em agosto de 1980, que se multiplicou pelo país em protesto contra o assassinato de mulheres e a libertação de seus assassinos com a tese de crimes em defesa da honra.
Stela Nazareth Meneghel: Doutora em medicina/ciências médicas com pós-doutorado em psicologia social, mestre em medicina/ciências médicas, especialista em saúde pública, graduada em medicina. Professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde atua no Bacharelado em Saúde Coletiva e nos programas de pós-graduação em Saúde Coletiva e em Enfermagem.
Na UFRGS participa do Grupo de Estudos em Saúde Coletiva e do Núcleo de Educação, Avaliação e Produção Pedagógica em Saúde (EducaSaúde), e na PUC-RS integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Violências. Tem experiência na área de saúde coletiva em vigilância da saúde, vulnerabilidades, gênero e violências.
Fonte: ILMD/Fiocruz Amazônia
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