(GP1, 24/08/2016) Para a representante da ONU Mulheres, a mídia tem parte relevante nesse combate, sob vários aspectos.
[Nota da redação: retificando a informação da reportagem do GP1, Wânia Pasinato é consultora da ONU Mulheres Brasil; a representante do órgão no país é a dra. Nadine Gasman]
Em entrevista ao GP1, a pesquisadora e consultora da Organização das Nações Unidas (ONU), Wânia Pasinato, falou sobre o importante papel que os meios de comunicação cumprem no enfrentamento à violência contra a mulher.
Para a representante da ONU Mulheres, a mídia tem parte relevante nesse combate, sob vários aspectos. “A mídia tem um papel fundamental no enfrentamento a violência contra a mulher, tanto divulgando as leis, a lei maria da penha, a lei do feminícidio, alertando que a violência contra a mulher é um problema da sociedade brasileira que exige políticas públicas e que o brasil tem um compromisso internacional de enfrentar, porque assinou tratados internacionais de defesa dos direitos humanos das mulheres”, destacou.
Wânia também considerou que a imprensa deve respeitar e resguardar a vítima. “É preciso preservar o que nós chamamos de direito à privacidade e a memória, de não expor, nos casos de violência contra a mulher, fatos da intimidade da mulher que não contribuem para elucidar o crime e apenas servem para transferir a responsabilidade da violência para a vítima”, ressaltou.
A pesquisadora salientou que a sociedade conserva uma cultura de culpar a vítima pela violência sofrida. “Frequentemente se responsabiliza a mulher pela violência que ela sofreu, pela roupa que ela estava usando, porque se encontrava em um espaço em que não deveria estar, porque estava bebendo, isso não importa, nada justifica que essa mulher sofra violência”, finalizou.
Thais Guimarães
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