(Folha de S.Paulo) O padrão presumido de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, não é “animalesco”, mas totalmente consistente com seu projeto de vida. É a opinião de Contardo Calligaris. Veja trechos do artigo:
“.. não é que Strauss-Kahn não controlaria um impulso secreto, que não teria nada a ver com sua vida pública. Ele não pula em qualquer mulher, aconteça o que acontecer. Ao contrário, aparentemente, sua fantasia dominante é a expressão coerente de uma ambição política, de domínio.
Ou você acha que é por acaso que ele teria escolhido mulheres que ele conseguiu manter no silêncio pela simples força de seu status?
A fantasia em jogo no caso (presumido) de Strauss-Kahn é mais complexa (e mais grave) do que o “simples” estupro; ela diz: “Eu te agarro, te uso, E VOCÊ NÃO VAI OUSAR NEM PIAR SOBRE ISSO”.”