(Folha de S.Paulo) “A propaganda infantil transforma as crianças em promotores de venda”, critica a advogada Isabella Henriques, do Instituto Alana, uma organização sem fins lucrativos que defende os direitos das crianças nos campos do consumo e da mídia.
O projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados há uma década propõe proibir a publicidade infantil no país e conta, como esperado, com forte oposição do Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) e da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade).
A posição do Instituto Alana neste debate é contundente: “os comerciais têm de ser direcionados para os pais, não para as crianças,” diz Isabella Henriques. Na contramão desta posição, o assessor da Abap, Satalmir Vieira, defende a autorregulamentação e afirma que: “é inegável que a propaganda tem poder de estimular as vendas, mas cabe aos pais a decisão de compra.”
Leia a matéria: Brasil pode proibir publicidade infantil (Folha de S.Paulo – 17/06/2011)
Veja também: : Proibir publicidade resolve os problemas?, por Patricia Blanco (Folha de S.Paulo – 21/06/2011)