Cantora se tornou feminista sem saber após avó ser agredida fisicamente. Em entrevista à Marie Claire, Karol também falou sobre moda e estilo pessoal
(Marie Claire, 24/10/2016 – acesse no site de origem)
A defesa do direito da mulher sobre seu corpo e suas escolhas na vida sempre foi uma bandeira defendida por Karol Conka em suas músicas. Tida por feminista desde o lançamento de seu primeiro álbum, a cantora contou, durante sua passagem pela SPFW, nesta segunda (24), que a origem de seu posicionamento pelas mulheres surgiu após um caso de violência doméstica na família.
“O feminismo chegou para mim há pouco tempo. Não sabia o que era, isso nunca foi trabalhado na escola. Mas sempre tive esse meu posicionamento por causa da minha avó Brasilina, que apanhava”, contou a cantora à Marie Claire.
Karol se descobriu feminista quando começaram a ouvir suas músicas e lhe rotularam. “Até então tinham me ensinado que o movimento era uma coisa chata. Mas vi que tudo o que canto, sobre a menina ser alegre, poder beber uns drinques, dar uns rolês, é, também, feminismo. Então, sempre fui”, afirmou.
Ao ser perguntada a respeito do papel da mulher na sociedade, a cantora desabafou, dizendo sonhar com o dia em que não seria mais questionada sobre esse tema. “Tem que ser uma coisa normal. Ninguém pergunta como é o homem na sociedade ou a mulher branca. A mulher é fantástica, maravilhosa, mas é subestimada o tempo inteiro.”
No entanto, Karol se mostrou otimista em relação à igualdade de gênero no futuro. “Gosto de ter pensamento positivo. Acho que vou sobreviver para ver essa revolução acontecer”.
ESTILO
Karol foi uma das convidadas a sentar na primeira fila do desfile de Reinaldo Lourenço e aproveitou para falar sobre moda. “Gosto de definir meu estilo como flexível e tombástico. Eu que escolho minhas roupas junto com minha stylist, que já conhece minha personalidade. Também gosto da maneira como ela enxerga a moda, e tem tudo a ver com a maneira como me posiciono”, disse.
Entre suas peças favoritas estão hot pants e top croppeds. “Minha peça favorita é tudo o que deixa a perna de fora [risos]”.
Em um evento de moda que leva à passarela modelos magras e altas, Karol afirmou que gostaria de ver outros biótipos também representados. “Poderia haver desfiles que quebram padrões. Acho as modelos magras lindas, mas poderia ter gente que encontramos no dia a dia”.