(Folha de S.Paulo/O Estado de S. Paulo) Pesquisa revela que 45% dos acessos à internet no país são feitos por meio das 107 mil LAN houses. Os usuários são em sua maioria jovens com idades entre 14 e 24 anos, que vivem no Nordeste e Sudeste, têm renda de até R$ 1.200 e que desembolsam R$ 2 por hora na internet.
Os dados são do Comitê Gestor de Internet no Brasil. Sete em cada dez desses jovens concluíram no mínimo o oitavo ano do ensino fundamental. E 43% deles têm ensino médio completo ou superior incompleto. Eles trabalham de seis a oito horas por dia, quase a metade deles com carteira assinada, e 77% deles contribuem para a renda familiar.
Esses dados constam de estudo sobre o perfil dos usuários de LAN houses realizado pela CDI Lan (empresa ligada à organização não governamental Comitê para Democratização da Informática) em parceria com a consultoria Plano CDE, especializada no mercado de baixa renda.
Parte das informações será apresentada hoje em um seminário do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para discutir formas mais eficientes de apresentar serviços e produtos de mais qualidade para os consumidores de baixa renda. Na América Latina, esse mercado movimenta cerca de US$ 500 bilhões por ano.
“Mesmo sem computador ou sem acesso à internet, esse jovem busca informação e tecnologia fora de sua casa. Utiliza esse serviço, ao contrário do que se pensa, não apenas para jogar”, afirma Luciana Aguiar, antropóloga e diretora da Plano CDE.
Um dos pontos que mais chamam a atenção dos pesquisadores é o fato de um quarto desses jovens usar a LAN house para trabalhar e obter informações sobre emprego e formas de ganhar dinheiro, além de fazer cursos.
“Esse resultado mostra o potencial das LAN houses para oferecer cursos à distância, presenciais, além de crédito e produtos de inclusão financeira. As empresas ainda dão pouca atenção a esses consumidores”, diz Bernardo Farias, diretor da CDI Lan.
Veja na íntegra: 32 milhões de brasileiros usam LAN houses no país (Folha de S.Paulo – 27/06/2011)
Investimento não segue expansão de clientela
O investimento das operadoras de telecomunicações não tem acompanhado o crescimento de sua base de clientes, o que tem levado a panes cada vez mais frequentes nos serviços de telefonia e internet. Essa situação já incomoda o governo. Investimento em telefonia não segue expansão de clientes e panes crescem (O Estado de S. Paulo – 26/06/2011)
Presidente teme reflexo no plano de banda larga
Governo receia que pacote popular seja mal visto pela população por causa da qualidade
A preocupação do governo com a qualidade dos serviços está presente também no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). “A presidenta quer que a gente veja a questão da qualidade. Além da velocidade mínima fixada, tem de ser entregue de fato aquilo que é dito. Estamos consultando o Inmetro, a Anatel, para ver como é que vai ser feito isso”, afirmou Bernardo, referindo-se às inúmeras queixas de consumidores de que a velocidade entregue é muito inferior à contratada. Presidente teme reflexo no plano de banda larga (O Estado de S. Paulo – 26/06/2011)
Empresas e governo fecham acordo para PNBL
Concessionárias aceitaram oferecer um serviço de acesso rápido à internet por R$ 35 em todos os municípios
As empresas de telefonia fixa e o governo federal fecharam um acordo para o início efetivo do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Depois de meses de disputa, as concessionárias finalmente aceitaram oferecer um serviço de acesso rápido à internet por R$ 35 em todos os municípios, como queria a presidente Dilma Rousseff.
Onde não for economicamente viável para as teles ofertar banda larga fixa por R$ 35 o megabit por segundo, sem a obrigação de o consumidor adquirir junto uma linha de telefone, os consumidores poderão contar com uma banda larga móvel, pelo mesmo preço, segundo revelou ao Estado o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Empresas e governo fecham acordo para PNBL (O Estado de S. Paulo – 26/06/2011)