Paciente se relacionou com parceiro que havia viajado para área com incidência do vírus
(O Globo, 01/12/2016 – acesse no site de origem)
A Inglaterra registrou nesta quarta-feira o primeiro caso de zika sexualmente transmissível do Reino Unido. Segundo a Autoridade de Saúde Pública da Inglaterra (PHE), a paciente contraiu o vírus após se relacionar com seu parceiro que havia retornado de uma área com incidência da doença.
As autoridades afirmam que, em grande parte dos casos, as pessoas infectadas pelo zika no país contraíram o vírus em viagens ao Caribe. De acordo com a estatística oficial, de 265 pessoas que viajaram recentemente e estão infectadas com o vírus, 190 casos têm relação com viagens pela região. Os demais casos reportados são de pessoas que viajaram para América do Sul, para Miami, nos Estados Unidos, para o sudeste asiático e para a Oceania.
A paciente infectada por meio de contato sexual não está grávida e, segundo os médicos, apresenta boa recuperação da doença.
No dia 18 de novembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o vírus zika e as complicações neurológicas relacionadas a ele não constituem mais uma emergência global em saúde pública, como havia sido declarado em fevereiro deste ano.
Em novembro, a OMS afirmou que o ” vírus Zika e consequências associadas continuam sendo um desafio duradouro de saúde pública exigindo ação intensa, mas não representa mais uma emergência internacional.”
A doença transmitida também pelo mosquito aedes aegypti começou a ganhar grandes proporções no ano passado. Também em 2015, cientistas brasileiros identificaram a relação do zika com a microcefalia, que até então era desconhecida pela ciência. Além da malformação, o vírus está associado à síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso, provocando fraqueza muscular.