A secretária especial de Políticas para Mulheres do Ministério da Justiça e Cidadania (SPM/MJC), Fátima Pelaes, esteve reunida, nessa quarta-feira (14), com Jacira Vieira Melo, diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, na sede da SPM, que apresentou o resultado da pesquisa “Violência Sexual – Percepções e comportamentos sobre violência sexual no Brasil”, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão.
(SPM, 16/12/2016 – acesse no site de origem)
Segundo a pesquisa, 73% da população concorda que a violência sexual é praticada por algum conhecido próximo da vítima, além de contrastar a opinião feminina e masculina sobre sexo consentido – os números são alarmantes: 39% das mulheres entrevistadas afirmaram que já foram pessoalmente submetidas a algum tipo de violência sexual. Fazendo uma projeção é possível estimar que 30 milhões de brasileiras já foram vítimas de violência sexual.
O estudo informa, também, que para 74% a mídia reforça os comportamentos desrespeitosos com mulheres, e que 96% apoia a frase “é preciso ensinar os homens a respeitar, e não as mulheres a temer” – como se não fosse o bastante 69% das participações femininas atribuírem a violência sexual ao machismo; contra 42% dos homens acreditarem que a violência sexual acontecer “porque a mulher provoca”.
A maioria da população reconhece como violência sexual os seguintes atos: ter fotos ou vídeos íntimos divulgados sem a sua autorização (92%), ser seguida na rua ou em outros locais por um homem que demonstrou ter interesse sexual (91%), ser procurada insistentemente por telefone/rede social por um homem que demonstrou ter interesse sexual (87%) e ouvir comentários ou cantadas que a deixem com medo (84%).
A instituição ouviu 1.000 pessoas de ambos os sexos, maiores de idade, em 70 municípios de cinco regiões, no período de 6 a 19 de julho deste ano.
Comunicação Social