Histórias de sucesso podem ajudar meninas em carreiras científicas, diz ONU

10 de fevereiro, 2017

Avaliação é da chefe da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, em artigo sobre Dia Internacional para Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado neste sábado; ela defende fim de estereótipos.

(Rádio ONU, 10/02/2017 – acesse no site de origem)

“Gênero, Ciência e Desenvolvimento Sustentável: o Impacto da Mídia – da visão à ação” foi o tema de um evento de alto nível nesta sexta-feira na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

O encontro foi realizado na véspera do Dia Internacional para Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado neste sábado, 11 de fevereiro.

Leia mais: Secretário-geral pede acesso igualitário das garotas à área das ciências (Rádio ONU, 11/02/2017)

Esteriótipo 

Em um artigo para marcar a data, a chefe da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, pergunta: “o que faz com que uma menina acredite que é menos inteligente e capaz que um menino?” E o que acontece quando essas crianças enfrentam matérias consideradas difíceis como ciência, tecnologia, engenharia e matemática?

No artigo, a chefe da agência da ONU cita um estudo recente que afirma que estereótipos de gênero sobre habilidade intelectual surgem cedo e influenciam os interesses das crianças.

Mlambo-Ngcuka afirmou que é preciso acabar urgentemente com os estereótipos dos ambientes onde as crianças brincam, aprendem e crescem.

Pesquisa

A brasileira Ariadne Silva trabalha é pesquisadora em genética oral na Universidade do Texas. De Houston, ela contou à ONU News sobre sua trajetória profissional.

“Não me arrependo. Eu acho que é uma carreira dinâmica, o meu dia nunca é o mesmo. Um dia eu estou na clínica, no outro no meu laboratório, no outro sentada tentanto averiguar os dados, escrevendo artigos científicos. É uma carreira muito dinâmica e muito divertida. Também eu interajo muito com os alunos no laboratório, tentando criar os investigadores do amanhã.”

Minoria

Nesta semana, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, lançou um relatório alertando que as mulheres representam apenas 28% dos pesquisadores do mundo. Elas também são minoria nas áreas de engenharia e de ciências da computação.

Os dados globais mostram que existem muitas variações em cada região do mundo. Por exemplo, nas Filipinas e na Tailândia, 52% dos pesquisadores são mulheres, enquanto no Japão, elas representam apenas 15% no país, conhecido por sua alta sofisticação tecnológica.

A situação da América Latina é um pouco melhor: a Unesco explica que a região está prestes a alcançar a paridade entre homens e mulheres nas ciências, já que elas representam 44% dos pesquisadores.

Laura Gelbert

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