(Época) Discurso da crueldade travestido de fé. É como a jornalista Eliane Brum define – em sua coluna no site da revista Época – as declarações de dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo da diocese de Guarulhos, no estado de São Paulo, e de Myrian Rios, deputada pelo PDT do Rio de Janeiro.
“Quando duas pessoas públicas, com responsabilidade e ressonância de pessoas públicas, dizem o que Dom Bergonzini e a deputada Myrian Rios disseram, é preciso prestar atenção. Não é banal, não é folclórico. É sério – e tem consequências”, ressalta a jornalista.
Primeiro, Dom Bergonzini, em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada em 13 de junho, chocou o país ao sugerir o “teste da caneta” para mostrar que “é muito difícil uma violência sem o consentimento da mulher”. O religioso afirmou ainda que há “uma ditadura gay” em curso e que uma “conspiração da Unesco transformará metade do mundo em homossexuais”.
“De minha parte, acho que o mundo pode abrir mão de demonstrações de “amor ao próximo” como a de Dom Bergonzini e Myrian Rios.”
Veja a coluna na íntegra: O teste da caneta e o motorista gay, por Eliane Brum (Época 04/07/2011)