(Folha de S.Paulo/O Estado de S. Paulo/G1) Entre as situações em que a raça ou cor tem maior influência, o trabalho aparece em primeiro lugar, com 71% das respostas. É o que aponta pesquisa realizada pelo IBGE com 15 mil pessoas em cinco Estados e no Distrito Federal. O estudo revela também que, quando escolhem sua cor ou raça de forma espontânea, os brasileiros se definem como negro, em vez de preto, e preferem moreno ou moreno claro a pardo.
A pesquisa pretende contribuir para as discussões sobre mudanças nessas classificações e se restringiu a seis unidades da Federação com diferentes perfis demográficos: AM, PB, SP, RS, MT e DF. Quando tradicionalmente investiga cor ou raça, o IBGE oferece aos entrevistados cinco opções: preto, branco, pardo, amarelo ou indígena. No estudo divulgado ontem, o instituto fez a mesma pergunta, mas permitindo qualquer resposta. Veja alguns resultados:
Estudo inédito – “A importância muito grande deste estudo é que ele é inédito. O IBGE jamais tinha indagado este aspecto sobre a influência na vida das pessoas. Normalmente fizemos pesquisas concretas, sobre renda, saneamento. Agora, fizemos a pessoa refletir sobre um sentimento”, ressalta Ana Sabóia, chefe da Divisão de Indicadores do IBGE e coordenadora-geral da pesquisa.
Levantamento mostra também que, em 10 anos, o país ganhou 1 milhão de moradores que se declaram amarelos
Esse aumento é explicado em grande parte pelo retorno de brasileiros que moravam no Japão, pela chegada de imigrantes vindos da China e, segundo especialistas, por uma maior identificação de mestiços com suas origens.
Leia as matérias na íntegra:
Brasileiro se define como negro, em vez de preto, diz IBGE (Folha de S.Paulo – 23/07/2011)
Pardos e pretos somam metade da população (O Estado de S. Paulo – 23/07/2011)
Cor ou raça influenciam no dia a dia, dizem 63,7% (O Estado de S. Paulo – 23/07/2011)
Em 10 anos, País ganha 1 milhão de moradores que se declaram amarelos (O Estado de S. Paulo – 23/07/2011)
Para 63,7% dos brasileiros, cor ou raça influencia na vida, aponta IBGE (G1 – 22/07/2011)
Samba do moreno doido, por Antônio Gois (Folha de S.Paulo – 24/07/2011)
Veja também: Brasil moreno, editorial (Folha de S.Paulo – 29/07/2011)