Senado debateu nesta quarta-feira (26) a importância da participação das mulheres na ciência. A iniciativa foi uma parceria entre a Procuradoria da Mulher e a Embrapa.
(Portal Senado, 26/04/2017 – Acesse o site de origem)
As mulheres são maioria no ingresso e na conclusão dos cursos superiores e também no percentual de bolsas de iniciação científica: 59% delas. Os dados são do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No entanto, nas Bolsas de Produtividade de Pesquisa, para pesquisadores de destaque, a distribuição muda: somente 24% foram destinadas a mulheres em 2015.
Rodrigo Viana/Agência Senado
A decana de Pesquisa e Inovação da UnB, Maria Emília Walter, destacou que atualmente as mulheres publicam 50% da produção científica, mas nas áreas de ciência da computação e matemática a proporção é de 75% para homens e apenas 25% para as mulheres:
– Embora sejam metade, 30%, 40% do corpo de cientistas, nos cargos de gestão elas não estão, sobretudo nessas áreas mais duras – informou.
Joana Chagas, Gerente de Programas da ONU Mulheres, defendeu que o incentivo precisa vir desde cedo.
– Quando elas não são encorajadas na escola, quando elas não veem como possibilidade carreiras nas áreas de engenharia, de matemática, de física, elas já criam aí no seu inconsciente uma imagem de que não é um lugar para elas, que elas não são capazes – afirmou.
A procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), acredita que a presença feminina na ciência deve crescer cada vez mais.
– O ingresso da mulher está sendo mais rápido, mais evidente, exatamente pela forma, porque lá se entra por QI de fato, de conhecimento, de capacidade. O que não significa dizer que está tudo bem, mas estamos trilhando um bom caminho – disse a senadora.
Durante o evento, foi lançado o vídeo Mulheres na Ciência, que mostra os desafios enfrentados por nove pesquisadoras da Embrapa para se tornarem cientistas. O produto está disponível na plataforma YouTube.
Da Rádio Senado.