A cada ano, 56 milhões de abortos são realizados no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Destes, 25 milhões são feitos de forma insegura – 97% deles em países em desenvolvimento da África, da Ásia e da América Latina.
(Observatório do 3º Setor, 08/12/2017 – acesse no site de origem)
Nos casos em que os abortos são feitos de forma insegura, isto é, quando a mulher não tem acesso a médicos treinados e infraestrutura adequada, há sempre o risco de a mulher sofrer complicações severas ou até mesmo morrer. Isso torna o problema uma questão de saúde pública, como aponta a própria OMS. A seguir, veja alguns fatos que podem ajudar a mudar a sua visão sobre o aborto.
13% das brasileiras de 18 a 39 anos já fizeram ao menos um aborto
O dado é da Pesquisa Nacional do Aborto 2016, que mostra também que, em 2016, uma em cada cinco brasileiras com 40 anos de idade já havia realizado pelo menos um aborto ao longo da vida.
Só em 2015, 503 mil mulheres abortaram no Brasil
O número também é da Pesquisa Nacional do Aborto 2016. O mesmo estudo apontou, ainda, que 48% dos abortos foram realizados com o uso de medicamentos.
Muitas mulheres que abortaram usavam métodos contraceptivos
Mais da metade das mulheres jovens adultas das regiões Sul e Sudeste do Brasil que já abortaram declaram uso de métodos contraceptivos, em especial a pílula anticoncepcional, segundo o estudo 20 anos de pesquisas sobre aborto no Brasil, do Ministério da Saúde.
Leis restritivas não contribuem para diminuição do aborto
As taxas de aborto em países desenvolvidos caíram mais que nos países em desenvolvimento – onde as leis relacionadas ao tema tendem a ser mais restritivas – entre o período de 1990 e 2014, segundo estudo do Instituto Guttmacher e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A média de abortos para cada 1 mil mulheres em idade reprodutiva (15-44 anos) em países desenvolvidos caiu de 46 para 27, enquanto nos países em desenvolvimento passou de 39 para 37.
Veja aqui o mapa de aborto no mundo: http://worldabortionlaws.com/.
Mulheres que abortam são, muitas vezes, jovens, pobres, católicas e já têm filhos
Segundo o estudo 20 anos de pesquisas sobre aborto no Brasil, as mulheres que abortam, são, predominantemente, mulheres de 20 a 29 anos, em união estável, com até oito anos de estudo, trabalhadoras, católicas, com pelo menos um filho e usuárias de métodos contraceptivos.