No Mês da Mulher, Marie Claire lança a campanha pela descriminalização do aborto com a participação de mulheres atriz Lucy Ramos, da advogada Luciana Temer, da escritora Clara Averbuck, da estudante Rebeca Mendes e da artista plástica. Confira porque cada uma delas apoia essa ideia e leia a reportagem completa completa na edição de março da revista
(Marie Claire, 05/03/2018 – acesse no site de origem)
“Fiquei grávida em um relacionamento que estava no fim e já tinha uma menina. Me vi com dois filhos, solteira, sem marido, abdicando da carreira e da independência. Filho tem que ser desejado para não jogarmos as frustrações nele. A mulher que faz um aborto não o faz porque é legal, e, sim, porque não tem outra opção. Enquanto tivermos um bando de homens legislando sobre nosso corpo, sempre sairemos perdendo”
Clara Averbuck, 38 anos, escritora
“Sou a favor da legalização do aborto. A prática é uma realidade no Brasil. Quem morre? A mulher pobre que faz na clandestinidade de forma muito precária, muitas vezes deixando sem mãe seus outros filhos. Cansei de ver isso quando era delegada de polícia”
Luciana Temer, 48 anos, advogada
“Tenho uma amiga que abortou muito jovem, com remédio, pois não tinha condições de pagar uma clínica decente. Teve sérios problemas. Quase morreu. Hoje, não pode mais ter filhos. Se o procedimento fosse legal no Brasil, agora daria aos filhos o mesmo amor que dá aos sobrinhos”
Lucy Ramos, 35 anos, atriz
“Sou mãe solteira, tenho dois filhos, de 9 e 7 anos. Lutei para entrar na faculdade e dar uma vida melhor a eles. Quando engravidei pela terceira vez, optei pela interrupção. Não quis abrir mão da estabilidade conquistada. Me chamaram de vagabunda, assassina e irresponsável. Ninguém perguntou pelo pai”
Rebeca Mendes, 31 anos, estudante
“Nunca mais vou esquecer os olhares de terror em minha direção quando entrei na clínica clandestina. Recebi uma expressão de reprovação de todos os funcionários: ‘Eu sei o você está fazendo aqui’. Tenho a sensação de que é preciso justificar para o mundo o motivo da decisão. Isso, por si, já é uma punição. A mulher tem que ter o direito de decidir”
Pink Wainer, 64 anos, artista plástica
Lu Angelo