(iG) Eleonora, Raquel e outras 43 mulheres de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Bahia decidiram formar o grupo Mães pela Igualdade. “Vítimas secundárias” da intolerância aos homossexuais, são mulheres que perderam os filhos em crimes de ódio ou que convivem com o medo de perdê-los e despertaram para a necessidade de defendê-los e a seus direitos publicamente.
Só nos três primeiros meses do ano, conforme mapeou o Grupo Gay da Bahia (GGB) foram registrados 65 assassinatos de homossexuais.
O grupo Mães pela Igualdade foi ao Congresso Nacional na última semana para fazer o lançamento da campanha. “Decidimos que era nossa hora de sair do armário para lutar contra o preconceito criminoso que ameaça nossos filhos”, diz Raquel Gomes, 50 anos, moradora de Curitiba e mãe de Marcus, 21.
“Quando eu li a frase de um deputado (Jair Bolsonaro, em declaração à Revista Playboy) dizendo que preferia ter um filho morto em um acidente de carro a um filho gay, imediatamente pensei nas mulheres que perderam seus filhos para a homofobia”, afirma o cientista social Joseph Huff-Hannon, que trabalha em uma organização internacional em favor dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT), chamada All Out.
Retratos de família
O primeiro ato das mães que “já saíram do armário” foi divulgar os retratos de família. Fizeram uma exposição fotográfica em que posam ao lado de seus filhos, para mostrar o carinho, dedicação e amor, prosaico em qualquer casa.
Leia a reportagem na íntegra: Mães formam grupo para lutar contra a homofobia (iG – 07/10/2011)