Apenas neste ano, houve 85 comunicações de assassinato na população LGBT
(O Globo, 29/06/2018 – acesse no site de origem)
Apesar do respeito da sociedade pelas paradas gays no Brasil, conforme apontou estudo entregue ao governo, o assassinato da população LGBT não para. A cada dois dias, uma morte é denunciada, segundo balanço de 2018 do Disque 100, ouvidoria do governo federal, ao qual o GLOBO teve acesso.
Desde janeiro deste ano, já foram registradas 85 denúncias de assassinatos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis. No ano passado inteiro, 193 comunicações chegaram ao Disque 100.
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Para o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, o ritmo de mortes está aumentando em 2018. Ele informou, por meio da assessoria, que a pasta promove políticas públicas para garantir segurança a essa população.
Na semana passada, o ministério baixou portaria que estabelece o Pacto Nacional contra a LGBTfobia, com medidas como a criação de conselhos e secretarias estaduais LGBT, estruturas de atendimento específico ao público, entre outras ações de conscientização e capacitação de gestores.
As 193 denúncias de assassinato registradas em 2017 fazem parte de um total de 1.720 violações de direitos humanos reportadas ao Disque naquele ano contra a população LGBT. Além do assassinato, o canal registra outros tipos de violência sofridas em função da orientação sexual.
Renata Mariz