(Folha de S.Paulo) Cerca de 215 milhões de mulheres casadas e em idade reprodutiva nos países em desenvolvimento não têm acesso – apesar de desejarem – a métodos contraceptivos. É o que aponta o relatório do Fundo de População das Nações Unidas.
Divulgado a cinco dias de a população mundial atingir a marca de 7 bilhões pelas estimativas da ONU, o documento cobra maior esforço dos governos para garantir o direito ao planejamento familiar às populações em países em desenvolvimento.
A situação é mais grave na África, especialmente na região subsaariana, onde a proporção de mulheres nessa situação chega a 25%, percentual que praticamente estável ao longo de toda a década passada. E é justamente na África onde se verificam hoje as maiores taxas de fecundidade do mundo.
Para a ONU, entre as Metas do Milênio – conjunto de objetivos acordados por todos os países para melhorar a qualidade de vida de suas populações -, essa é uma das mais negligenciadas.
Leia na íntegra: É preciso haver mais planejamento para famílias, diz ONU (Folha de S.Paulo – 27/10/2011)
Veja também:
“A única política pública eficaz, em situações tão próximas da inabitabilidade humana, seria garantir o acesso universal ao planejamento familiar. Tanto quanto uma necessidade prática, trata-se de atender a um direito de escolha -o de ter ou não mais filhos-, negado justamente àqueles habitantes do planeta que menos condições possuem de assegurar um futuro digno a seus descendentes.” – O espectro de Malthus, editorial (Folha de S.Paulo – 30/10/2011)
População do Brasil deve ultrapassar os 200 milhões até 2015, entrevista com Fernando Albuquerque, do IBGE (O Globo – 27/10/2011)