(O Estado de S. Paulo) O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou uma lista com novas recomendações para o controle da mortalidade do câncer de mama. Entre as medidas, estabelece em 3 meses o prazo máximo entre o diagnóstico de tumor e a cirurgia e fixa o período para o início das terapias complementares, como químio e radioterapia – entre 60 e 120 dias após o tratamento inicial. A divulgação faz parte das ações da instituição no âmbito da campanha Outubro Rosa, movimento internacional que busca chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.
As sete recomendações divulgadas pelo Inca não têm força de lei, mas se forem seguidas pelas secretarias municipais e estaduais de saúde e pelos consultórios particulares têm potencial para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida das pacientes com tumores de mama. Esse é o tipo de câncer que mais mata na população feminina – 12 mil mulheres morrem por ano em decorrência da doença.
Segundo o Inca, toda mulher deve ter seu diagnóstico complementado com a avaliação do receptor hormonal. “A maior parte dos tumores de mama são alimentados pelo hormônio feminino. No exame do tumor como um todo, o patologista identifica a presença ou não do receptor hormonal. E este receptor está presente em 70 a 80% dos casos”, explica José Bines, responsável pelo grupo de tumor de mama do Inca.
O Inca também recomenda que as mulheres com câncer de mama sejam acompanhadas por equipe multidisciplinar de especialistas (oncologista, cirurgião, radioterapeuta, enfermeiros, psicólogo) e tratadas em ambiente acolhedor, com acesso a cuidados paliativos. Os hospitais também devem ter Registro de Câncer em atividade, serviço que permite coletar informações para monitorar e avaliar a qualidade do tratamento oferecido às pacientes.
Leia essa matéria na íntegra: Inca anuncia novas recomendações para tratamento do câncer de mama (O Estado de S. Paulo – 31/10/2011)