(Folha de S.Paulo) Pesquisa Datafolha com “headhunters” e executivos de recursos humanos revela que 2% admitem haver ressalvas à contratação de homossexuais. Para especialistas, o número é baixo porque a restrição é velada.
“Para saber se a pessoa é gay em uma entrevista de emprego, não será perguntado se ela é homossexual ou heterossexual, mas sim se é casada e tem filhos”, explica Klecius Borges, psicoterapeuta especializado no atendimento a gays, lésbicas e bissexuais e a seus familiares.
“A questão dos gays é invisível no mercado de trabalho”, sentencia Reinaldo Bulgarelli, autor do livro “Diversos Somos Todos”. Essa invisibilidade faz com que pessoas escondam suas identidades para serem aceitas.
Um dos caminhos para evitar esse constrangimento, indica Borges, é a criação de programas de apoio à diversidade dentro da companhia.
88% dos profissionais de RH sustentam não haver restrições das empresas quanto à orientação sexual do candidato
2% dizem que as empresas não querem candidatos homossexuais
2% observam que existem restrições aos homossexuais apenas no setor industrial
7% identificam a preferência por homens para cargos de presidente ou gerente, mas não fazem referência à orientação sexual
2% sustentam a predileção por mulheres para a área de marketing, também sem fazer referência à orientação sexual das candidatas
Leia matéria completa: Restrição a homossexual é ‘invisível’ (Folha de S.Paulo – 06/11/2011)