(Jornal Brasil) Para aumentar a eficácia da Lei Maria da Penha, criada para prevenir e punir a violência doméstica contra as mulheres, Executivo e Judiciário assinaram um acordo de cooperação técnica em solenidade
Entre os principais problemas que vêm sendo apontados estão a dificuldade de acesso das vítimas à Justiça, o preconceito ou desinformação de alguns juízes e a própria lentidão do Judiciário. “Muitos lidam com a Lei Maria da Penha com preconceito, não aplicam a lei como deveriam por entender que algumas situações são banais, que ‘tapinha de amor não doi’, e não ajudam a somar esforços para garantir o fim da violência doméstica”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres mostram que, apenas em 2011, 42 mil mulheres foram assassinadas, 70% delas dentro de suas casas. Os dados mais recentes sobre a tramitação de processos judiciais, contabilizados desde 2006 (ano da lei) até julho do ano passado, mostram que foram distribuídos 331,8 mil processos relativos à Lei Maria da Penha no período, dos quais apenas 110,9 mil tiveram sentença. Também foram registradas 9,7 mil prisões em flagrante e 1,5 mil prisões preventivas.
“Atrás da ideia da impunidade, muitas pessoas se sentem estimuladas a continuar esse gesto de violência. Todos nós temos responsabilidade dentro de nossas instituições para fazer valer a Lei Maria da Penha, sem ultrapassar a independência entre os poderes”, disse a titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres, ministra Iriny Lopes.
Acesse essa reportagem em pdf: Executivo e Judiciário fecham convênio para impulsionar Lei Maria da Penha (Jornal Brasil – 06/12/2011)
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