No banheiro masculino, funcionários da rede de lojas Marisa podem se deparar com algumas mensagens inesperadas. Não são os alertas tradicionais de qualquer empresa. Eram cartazes com frases como “Mulher é tudo igual: todas merecem respeito” e traziam para o ambiente corporativo um tema ainda tabu na sociedade: a violência doméstica. O assunto faz sentido para uma companhia composta por 72% de mulheres. Mas, aos poucos, também está entrando na pauta de outras organizações. E se tornou particularmente mais relevante ao longo da pandemia, que forçou o convívio dos casais em tempo integral. Em março, após o início do isolamento social, o número de feminicídios aumentou, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em abril, o total de denúncias recebidas no telefone 180, dedicado à mulher, foi 36% maior do que no mesmo mês em 2019.