(Imprensa) Em carta enviada ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, a Federação Internacional de Imprensa (IFJ, em inglês) denunciou os níveis de violência contra mulheres jornalistas no exercício de suas funções.
No documento, a instituição aponta agressões, ameaças, pressões políticas, violência, violações e abuso de mulheres jornalistas, seja pelo preconceito contra o gênero ou pelo exercício jornalístico.
Beth Costa, secretária-geral da FIP, analisa que “é ainda mais preocupante a situação se for levado em conta que a maioria dos crimes contra mulheres jornalistas não se resolve e os criminosos ou assassinos não vão à Justiça”.
A carta ainda ressalta que “o clima de impunidade contra jornalistas mulheres constitui uma grave ameaça ao mais fundamental dos direitos de livre expressão; por outra parte, existe uma preocupação constante pelo fato de que as autoridades tendem a negar que essas mulheres foram assassinadas por causa de seus trabalhos como jornalistas”.
Mulheres na América Latina
Em conferência realizada pela Federação dos Jornalistas da América Latina e Caribe (Fepalc), em El Salvador, no final de 2011, Mindy Ran, presidente do Conselho de Gênero da FIP e representante do Sindicato Nacional de Jornalistas do Reino Unido e Irlanda (NUJ), ressaltou a importância de “fazer um bom trabalho de base nos sindicatos para que agressões contra mulheres jornalistas sejam extintas na América Latina e no mundo”.
Um dos países que ganhou destaque com relação à violência contra mulheres jornalistas foi o México. À IMPRENSA, a secretária de Direitos Humanos da Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe (Fepalc), Zuliana Lainez, destaca que “mais de 90% dos crimes contra jornalistas no país, inclusive mulheres, estão impunes. As maiores ameaças provêm do narcotráfico, do crime organizado e dos próprios poderes políticos”.
Acesse em pdf: Federação Internacional de Imprensa denuncia violência contra mulheres jornalistas (Imprensa – 16/01/2012)