(O Globo) Novo critério do governo é para portadoras de silicone com antecedente de câncer
O Ministério da Saúde e entidades médicas definiram ontem critérios técnicos para tratar as mulheres que implantaram próteses mamárias de silicone das marcas PIP e Rofil. Ficou definido que todas as pacientes que tenham antecedente de câncer de mama deverão ser submetidas à troca em nova cirurgia apenas a partir de indícios de alteração detectados por exame físico. Não haverá necessidade de submeter essas pacientes a exames de imagem como ressonância.
Já as demais pacientes, que não tiveram problemas de câncer e nem apresentam esse diagnóstico, terão seus casos definidos por resultados dos exames físicos e de imagem. Esses procedimentos é que indicarão a necessidade ou não da troca dos implantes. Caso seja confirmada a ruptura, a paciente precisará da cirurgia reparadora para fazer a troca, seja usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) ou de planos de saúde.
O governo indica ainda que todas as pacientes que fizeram o implante com as duas marcas de silicone, apresentem ou não sintoma de ruptura, deverão ser avaliadas pelo médico. Se preciso, o médico terá que recomendar exames de imagem, com preferência para ultrassonografia. O exame confirmará ou não o rompimento. A ressonância magnética é outro tipo de exame previsto na diretriz baixada ontem.
As pacientes deverão procurar o mesmo local onde fizeram o implante e também o mesmo médico que fez a cirurgia. Em alguns casos excepcionais, quando a paciente mudou de endereço ou cidade e, por isso, estiver distante do médico e do hospital onde fez o implante, poderá procurar um Centro de Especialidade do SUS perto de sua residência. Na saúde suplementar, as operadoras de planos indicarão os serviços da rede credenciada, cooperada ou referenciada.
Portadoras de próteses que não souberem a marca dela, e não tiverem qualquer registro em casa que a identifique, deverão procurar o médico que fez a cirurgia, ou ir atrás do seu prontuário na unidade onde fez a cirurgia. A diretriz lembra que esses dados ficam disponíveis por 20 anos.
O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Carlos Alberto Ruiz, que participou da reunião, disse que as pacientes não serão obrigadas a remover as próteses, exceto quando for detectado algum problema.
Leia em PDF: Próteses proibidas poderão ser trocadas só a partir de exame físico (O Globo – 19/01/2012)