Dados inéditos do Instituto de Segurança Pública definem o perfil da vítima do crime que grassa nas raízes do machismo
(Veja Rio | 15/10/2020 | Por Marcela Capobianco)
(…) O Instituto de Segurança Pública (ISP), vinculado ao governo do estado, conseguiu traçar pela primeira vez o perfil das vítimas de importunação sexual na cidade. Metade se declara branca, 34%, pardas e 14%, negras. Nesse universo, 43% têm entre 18 e 29 anos e a maioria não conhecia o algoz (veja no quadro abaixo) – o que diferencia a importunação do assédio sexual, em que o autor se vale de uma posição de superioridade em relação à vítima para praticar a violência.
A existência dessa chaga é bem sabida, mas os números (certamente ainda subestimados pela vergonha que recai sobre vítimas que preferem silenciar) mostram quão corriqueira ela é. Em 2019, 1 154 mulheres registraram queixas por importunação sexual. Quase 50% dos crimes aconteceram em dias de semana e fora da residência. Geralmente, dizem os especialistas, ocorrem no transporte público, na ida e volta do trabalho.
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