(Brasil de Fato | 15/03/2021 | Por Pedro Neves Dias)
O trabalho doméstico e de cuidado recai, na maioria das vezes, sob mulheres e meninas ao redor do mundo. Esse tipo de atividade é conhecida também como “trabalho invisível”, pois não é remunerado, mas espera-se que as mulheres cumpram o papel de fazê-lo.
Essa situação se torna ainda mais desigual em momento de pandemia, onde as pessoas estão mais presas ao ambiente doméstico, aumentando a sobrecarga de trabalho feminina.
Essa é uma das conclusões do estudo “CoronaChoque e Patriarcado”, produzido pelo Instituto Tricontinental de Pesquisa Social em novembro do ano passado e relançado em função do mês de luta das mulheres. O relançamento do estudo foi acompanhado da campanha “Não é amor, é trabalho invisível“.
O estudo cita um relatório da Oxfam, feito durante a pandemia, apontando que as mulheres são responsáveis por 75% do trabalho de cuidado não remunerado realizado no mundo, somando, diariamente, mais de 12 bilhões de horas gastas por mulheres e meninas em todo o mundo.