(Estadão| 02/04/2021 | Por Rayssa Motta e Fausto Macedo )
Quando a deputada estadual Isa Penna (PSOL) conversou com o blog, em março, logo após o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sugerir uma punição atenuada ao deputado Fernando Cury (Cidadania) pela importunação sexual contra ela, a parlamentar classificou a decisão como ‘inaceitável’.
Na ocasião, o colegiado aprovou a proposta de suspensão do mandato por 119 dias – e não seis meses, como sugeriu o relator do caso, Emidio de Souza (PT). Na prática, o resultado permitia que a estrutura do gabinete de Cury continuasse funcionando apesar do afastamento. Isso porque, quando a suspensão é decretada por menos de quatro meses, não há necessidade de convocação do suplente.
Levada ao plenário, a proposta caiu por unanimidade. Na última quinta-feira, 1º, os 86 deputados presentes na sessão votaram para aumentar de 119 para 180 dias o prazo de suspensão. Com a reviravolta, Isa mudou o tom e comemorou a decisão que, em sua visão, ‘abre precedente inédito no Brasil’. “A vitória de ontem é, em primeiro lugar, um marco para as mulheres como um todo, que em seus ambientes de trabalho vão poder usar esse caso como precedente”, disse em entrevista ao Estadão (leia a integra aqui).