Pesquisadores da FGV e do Insper veem correlação entre candidatas mulheres e registro de meninas para votar
(Folha de São Paulo | 12/06/2021 | Por Angela Boldrini | Acesse a matéria completa no site de origem)
A vitória de candidatas mulheres em eleições para prefeito pode estimular adolescentes meninas a participar da vida política. É o que indicou um estudo feito por pesquisadores da FGV (Fundação Getulio Vargas) e do Insper.
Os professores Paulo Arvate, Sergio Firpo e Renan Pieri analisaram pleitos municipais entre 2000 e 2012 onde a disputa foi decidida, por uma margem estreita, entre um homem e uma mulher.
Os resultados, que foram publicados em maio no European Journal of Political Economy, sugerem que a performance feminina na eleição pode afetar o número de adolescentes que se registraram para votar facultativamente no pleito seguinte.
Segundo os pesquisadores, nos casos em que a mulher vira prefeita, há um número maior de meninas adolescentes de 14 e 15 anos que, na eleição seguinte, quando completam 16 ou 17 anos, se registram para votar.
No Brasil, o voto é facultativo para essa faixa etária, que poderia deixar para participar apenas ao completar 18 anos, quando ele passa a ser obrigatório.