(UOL Economia | 18/08/2021 | Por Isaac de Oliveira)
Entidades dos movimentos negro, feminista e de defesa dos direitos humanos protocolaram, nesta quarta-feira (18), uma ação civil pública contra a corretora XP e o seu escritório credenciado Ável Investimentos, pela falta de diversidade no quadro de funcionários. A ação, à qual o UOL teve acesso com exclusividade, pede indenização de R$ 10 milhões por dano social e moral coletivo e que as empresas cumpram uma série de medidas para aumentar a diversidade.
A iniciativa acontece depois da repercussão, na semana passada, de uma foto divulgada pela Ável, com um grupo de mais de cem pessoas, formado em sua quase totalidade por homens brancos e jovens. A empresa, que se apresenta como “o maior escritório de assessoria digital da XP”, tem sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Procurada pelo UOL, a XP não se manifestou especificamente sobre a ação civil. A empresa reconheceu que “a inclusão de pessoas negras na companhia e rede de parceiros é uma questão fundamental” e disse que tem metas internas para “aumentar a contratação, em todos os cargos, de pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+ e PCDs”. A Ável afirmou que não vai comentar o assunto.
Além da falta de diversidade entre os profissionais, a foto atraiu críticas devido ao fato de os profissionais estarem aglomerados na cobertura de um prédio, quase todos sem máscara.