Integrando as mobilizações do Dia de luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e Caribe, a organização Criola lança, em evento online, o Dossiê Mulheres Negras e Justiça Reprodutiva hoje, dia 01 de outubro, às 19h. O documento reúne dados nacionais e do estado do Rio de Janeiro referentes aos direitos humanos econômicos, sociais, culturais e ambientais (DHESCAs) e direitos sexuais e reprodutivos (DSDR) da população negra, especialmente de mulheres negras cis e trans, com foco nos anos de 2020 a 2021. A transmissão será pelo Instagram de Criola.
A live será conduzida por Lia Manso, coordenadora da pesquisa e coordenadora de projetos em Criola, e contará com representante das parceiras na produção popular de dados e ativistas negras por Justiça Reprodutiva. Logo após o início do evento, o documento estará disponível para download no site de Criola.
Na metodologia, Criola destaca que há imensas lacunas na apresentação de dados pelo governo. Muitas vezes não há informações raciais ou dados produzidos a partir da intersecção entre raça/cor e sexo. Por isso, para complementar esse panorama deficitário, o dossiê Mulheres Negras e Justiça Reprodutiva apresenta os resultados da produção coletiva de dados em três territórios do estado do Rio de Janeiro: Zona Oeste do Rio, Duque de Caxias e Belford Roxo. As 100 participantes entre 18 a 55 anos de idade trazem relatos sobre todas as dimensões que envolvem a Justiça Reprodutiva, incluindo violências institucionais, racismo religioso e saúde da população LGBTQIAP+.
SOBRE CRIOLA
Criola é uma organização da sociedade civil com 29 anos de trajetória na defesa e promoção dos diretos das mulheres negras e na construção de uma sociedade onde os valores de justiça, equidade e solidariedade são fundamentais. Nesse percurso, Criola reafirma que a ação transformadora das mulheres negras cis e trans é essencial para o Bem Viver de toda a sociedade brasileira.