EUA enviam US$4 mi a agência da ONU para impulsionar técnica nuclear de combate ao Aedes

30 de setembro, 2016

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) receberá uma contribuição de 3,96 milhões de dólares dos Estados Unidos para ampliar suas pesquisas em técnica nuclear para conter a proliferação dos mosquitos que transmitem o zika e outros vírus, como dengue, chikungunya e febre amarela

(ONU, 28/09/2016 – Acesse pelo site de origem)

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) receberá uma contribuição de 3,96 milhões de dólares dos Estados Unidos para ampliar suas pesquisas em técnica nuclear para conter a proliferação dos mosquitos que transmitem o zika e outros vírus, como dengue, chikungunya e febre amarela. O anúncio foi feito na semana passada (20), durante reunião do Conselho da AIEA em Viena.

Os recursos a serem enviados pelo Departamento de Estado norte-americano permitirão que a AIEA e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) acelerem significativamente as atividades de pesquisa e desenvolvimento para refinar uma técnica de esterilização de insetos de forma a ajudar os países afetados pelo zika.

“Os Estados-membros da AIEA pediram diversas vezes apoio da agência para usar a técnica, particularmente enquanto o surto de zika continua a se espalhar pelos continentes”, disse o vice-diretor-geral da agência, Aldo Malavasi, que comanda o Departamento de Ciências Nucleares e Aplicações. “Esta é, então, uma contribuição bem-vinda e oportuna”.

A técnica desenvolvida pela AIEA utiliza irradiação para esterilizar mosquitos, com o objetivo de reduzir a população desses insetos. Desenvolvida por uma cooperação entre AIEA e FAO, tem sido usada há décadas para combater pestes na agricultura, sendo que a pesquisa em mosquitos é feita há cerca de dez anos.

Os elementos básicos da esterilização já estão disponíveis. Os recursos serão usados na pesquisa em outras áreas, como desenvolvimento de métodos mais eficientes de separação dos mosquitos.

Segundo a AIEA, as áreas geográficas nas quais os mosquitos podem sobreviver estão se expandindo devido às mudanças climáticas, e vírus que têm mosquitos como vetores, como é o caso do zika, estão se espalhando rapidamente. Na ausência de vacinas e medicamentos eficientes, seguros e baratos para administrar tais doenças, o controle do vetor responsável pela transmissão é crucial, salientou.

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