Mesmo com lei em vigor, beneficiárias não exercem direito à dignidade menstrual
Quem não se lembra da comoção em torno da conquista da Lei Federal 14.214/2021, que finalmente inscreveu o direito de pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade social receberem absorventes de forma gratuita?
Para além da distribuição dos absorventes, a lei prevê ainda acesso a outros itens básicos para manutenção da saúde e dignidade menstrual.
Essa luta teve vários capítulos, entre eles derrubar o veto do então presidente Jair Bolsonaro e dialogar amplamente com a sociedade sobre a urgência de uma lei como essa, que poderá beneficiar mais de 8 milhões de meninas, mulheres e pessoas que menstruam. A maioria, negras.
Passada a aprovação, no entanto, nenhuma beneficiária da lei exerceu seu direito à dignidade menstrual.