Lei de alienação parental mata: ‘O juiz e o MP me fizeram deixar ele encontrar meus filhos’, diz mãe de crianças assassinadas pelo pai

Mulher Telefone Foto: Andrew Neel/ Unsplash

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11 de maio, 2023 The Intercept Brasil Por Nayara Felizardo

Os filhos de Jane Soares da Silva, Lucas e Mariah, de 9 e 6 anos, foram mortos pelo pai, Mário Eduardo Paulino, em 4 de março de 2019. O casal estava separado desde dezembro de 2015, após um relacionamento marcado por violência psicológica. Ele a ameaçava e a perseguia – mas era ela quem sofria o risco constante de perder a guarda das crianças.

Sob a ameaça de ser denunciada por alienação parental, Silva foi obrigada pela justiça a deixar os filhos encontrarem o pai de segunda a sexta, assim como em finais de semana alternados e feriados. Mesmo alertando inúmeras vezes que o ex-marido era agressivo, ela diz que nunca foi ouvida. “Eu tinha que estar o tempo inteiro correndo atrás de médico, psicólogo, escola e todo tipo de documentos, para provar que tudo que ele dizia era mentira. Já ele, qualquer coisa que falava, juízes e promotores acatavam”.

O terceiro texto da série “Em nome dos pais” mostra que, ao negligenciar as denúncias das mães e as obrigar a entregarem os filhos aos pais agressores, juízes, promotores, psicólogos e assistentes sociais colocam em risco a vida dessas crianças. Os filhos de Silva estão entre as vítimas da Lei de Alienação Parental.

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