Violência política contra mulher vai além do processo eleitoral, diz estudo

01 de dezembro, 2021

43,8% das mulheres que participaram da pesquisa afirmam que foram vítimas de agressões

(PODER360 | 01/12/2021 | Por Redação)

“Violência política não se restringe ao momento eleitoral ou ao exercício de mandatos”, disse a pesquisadora do Observatório da Violência Contra a Mulher, Desirée Cavalcante, em lançamento de relatório nesta 5ª feira (2.dez.2021).

A pesquisa teve a participação de 29 pesquisadoras. O objetivo é impulsionar o debate sobre a violência política contra a mulher no Brasil. Eis a íntegra (10 MB).

A partir dos dados coletados, o observatório também elaborou uma cartilha. Eis a íntegra (16 MB).

O documento aponta que a violência política não depende de um momento específico e pode se manifestar de maneira física (sexual, corporal) ou não-física, sendo simbólica, moral, econômica e psicológica.

“O do espaço público a ser considerado para fins de violência política contra a mulher deve ser considerado de maneira ampla”, ou seja, além das campanhas eleitorais, casos de violência devem ser avaliados em todos os ramos da administração pública, na formulação e execução de políticas públicas e nos locais onde os mandatos são exercidos, como as assembleias legislativas, as prefeituras, a Câmara dos Deputados, entre outros.”

Segundo o relatório, também deve se considerar que as agressões podem ser realizadas de 6 formas: de modo isolado; de modo combinado; de modo direto; indireto; no espaço físico e no virtual. “O rol de agressores também passa a ser alargado porque, apesar de se referir a agressores, podemos imaginar que mulheres e pessoas jurídicas também podem cometer violência política contra a mulher”, disse Desirée.

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