(Ver TV) A visão de feministas e de publicitário sobre a imagem feminina em comerciais de TV.
“Mulher-objeto, ainda?”, pergunta o Instituto Patrícia Galvão em pesquisa sobre a representação das mulheres nas propagandas de TV. O levantamento mostra o conflito entre o que os espectadores veem e o que gostariam de ver nas publicidades exibidas na televisão. 84% dos entrevistados concordam que o corpo da mulher é usado como chamariz para promover a venda de produtos e serviços na publicidade para TV.
O Ver TV recebe duas feministas e um publicitário: Jacira Vieira de Melo, diretora-executiva do Instituto Patrícia Galvão, ONG que atua no direito de comunicação e das mulheres; a jornalista Bruna Provazi, militante da Marcha Mundial das Mulheres e guitarrista da banda Top Surprise; e o publicitário Ênio Vergeiro, presidente da Associação de Profissionais de Propaganda e do Conselho Superior do Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária).
Para Jacira Vieira de Melo, a publicidade está na “contramão, de costas para a população (…) As referências são europeias, num país onde 52% da população é negra”, critica. Ela aponta uma exceção positiva: “A C&A tinha a Gisele Bündchen como modelo. Substituiu pela Preta Gil, negra, bonita, empoderada. Vendeu três vezes mais.”