(Geledés, 19/08/2014) Com uma década de existência, a lei 10.639/03 – que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira no currículo da educação básica – ainda esbarra em grandes obstáculos para sua efetivação.
A resistência na adoção dos conteúdos no currículo dos cursos superiores, problemas estruturais do ensino público no Brasil (despreparo e desvalorização dos profissionais e a falta de material de apoio), ausência do poder público com ações efetivas para assegurar a aplicação da lei, a insuficiência de cursos de qualificação e formação na área, a persistência da ideologia da democracia racial brasileira, o racismo e a intolerância religiosa são algumas das barreiras que dificultam a consolidação dos conteúdos sobre cultura africana e afro-brasileira na educação básica.
As melhores e mais abundantes iniciativas em prol da lei 10.639/03 têm se originado de ações individuais de militantes antirracistas, organizações e entidades culturais, sociais e mesmo projetos empresariais.
Duas instituições que atuam na promoção da cultura afro-brasileira e desenvolvem ações de educação para as relações étnico-raciais apresentam algumas experiências e projetos, desenvolvidos a partir da lei 10.639/03, que alcançaram bons resultados, como o projeto A cor da cultura, o Concurso de planos de aula do Geledés – Instituto da Mulher Negra e a recente coleção Educação e Relações Raciais: Apostando na Participação da Comunidade Escolar, desenvolvida pela Ação Educativa.
*O debate faz parte do “Ciclo Cultura afro-brasileira: apontamentos”, com encontros independentes que reúnem pesquisadores, artistas e agentes culturais que atuam em vários segmentos da cultura afro-brasileira para refletir sobre alguns de seus aspectos mais fundamentais.
As inscrições podem ser feitas a partir de 29 de julho, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
Palestrantes:
Denise Carreira: Doutoranda pela Faculdade de Educação da USP. Coordenadora da área de educação da Ação Educativa.
Suelaine Carneiro: Mestranda em Educação pela UFSCar e coordenadora do Programa de Educação do Geledés: Instituto da Mulher Negra.
Data: 28/08/2014
Dias e Horários: Quinta, 14h às 17h.
Local: Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana, 5º andar – Torre A, São Paulo/SP
Valores
R$ 6,00 – comerciários e dependentes
R$ 15,00 – usuários inscrito e dependentes, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 30,00 – inteira
Acesse no site de origem: Educação para as relações étnico-raciais – São Paulo, 28/08/2014 (Geledés, 19/08/2014)