(TV Brasil, 29/07/2014) Na pauta do programa, entre outros assuntos, estão o período em que Angela foi presa pelo FBI, na época em que esteve na lista dos 10 fugitivos mais procurados dos EUA, e também a questão de raça.
Leia também: Criminalizar a violência doméstica não basta para erradicá-la, diz Angela Davis (Agência Brasil)
– Paulistas lançam preparativos à Marcha das Mulheres Negras 2015 (Agência Patrícia Galvão)
“Eu fui pega pelo FBI, levada para uma prisão em Nova Iorque, fiquei incomunicável, eu não podia falar com ninguém. Eles me deixaram numa parte da prisão reservada para os presos com problemas psiquatricos. E eu me deitei lá e me senti totalmente sozinha. E, de repente, eu ouvi vozes distantes, eu tentei ouvir o que diziam e eu percebi que eles diziam “Free Angela Davis” (“libertem Angela Davis”). Eram as pessoas que estavam lá fora da cadeia, tarde da noite, que estavam mesmo antes da campanha pela minha libertação ser organizada, que vieram e me fizeram sentir que eu não estava só”, lembra.
Angela também revela que carrega consigo o senso de estar conectada com pessoas que, seja lá os problemas que sofrer, nenhum será comparável ao das pessoas que passam a vida nas prisões, vivem na Palestina ou lutam pela liberdade de tantas maneiras.
Sobre o fato de negros assumirem cargos políticos, ela disse que acha bom, mas…
“Eu preferiria um candidato branco, que criticasse o capitalismo, o inter-racismo e as prisões, do que um candidato negro que é do status quo”.
Apresentado pelos jornalistas Paulo Moreira Leite e Florestan Fernandes Jr., o Espaço Público desta semana também tem na bancada a coordenadora da Radiogência Nacional, Juliana Cézar Nunes.
Acesse no site de origem: Angela Davis fala sobre feminismo e racismo na TV Brasil (TV Brasil, 29/07/2014)