(Jornal do Brasil, 10/11/2015) Deputadas defenderam que questões relativas a gênero sejam discutidas na escola, como forma de ajudar a combater a violência contra a mulher e a discriminação. A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) salientou que o Plano Nacional de Educação (PNE – Lei 13.005/14) não proíbe a discussão sobre gênero.
“A cada 1 hora e 50 minutos, uma mulher é morta no Brasil. Nós não podemos falar nisso porque isso é ideologia de gênero?”, questionou. “Se um país está matando suas mulheres, esse tema tem que ser tratado sim nas escolas. O Ministério da Educação não deve ceder a pressões contrárias a isso”, completou. Para ela, o respeito à diversidade e às minorias também devem ser tratados na escola.
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A parlamentar participa de audiência pública na Comissão de Educação sobre a inclusão da discussão de gênero entre as diretrizes da Conferência Nacional de Educação de 2014. Os deputados que solicitaram a audiência argumentam que essa diretriz contraria decisão do Congresso, que, ao analisar o PNE, retirou a questão de gênero e orientação sexual do texto, por considerá-la inadequada ao ambiente escolar.
“A Constituição brasileira diz que nós devemos lutar contra qualquer tipo de discriminação”, disse a deputada Margarida Salomão (PT-MG). Ela defendeu os movimentos ideológicos que desconstroem as teorias machista, racista e patriarcal, também ideológicas. E ressaltou que a Conferência Nacional de Educação é autônoma em relação ao Ministério da Educação e ao Congresso Nacional, e que, se não fosse, não teria utilidade.
Agência Câmara
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