(ABCD Maior, 13/11/2015) Estatísticas revelam que as doenças diferem conforme o desenvolvimento regional e de classe social
No Censo de 2010 as mulheres já representavam 51% da população brasileira e há muito tempo que elas são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde sempre, as mulheres frequentam os serviços para cuidar da própria saúde, mas, também como acompanhantes ou cuidadoras responsáveis pela saúde de crianças, pessoas idosas, com deficiência, pessoas amigas ou da comunidade.
Pelas próximas semanas vamos abordar a saúde da mulher, mas do ponto de vista das relações de gênero. Para isso, utilizaremos trechos dos estudos realizados para a elaboração da cartilha Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes. Editada em 2004 pela Secretaria de Atenção à Saúde, do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde.
Essa reflexão é importante porque os indicadores epidemiológicos do Brasil mostram que nossa população convive com doenças típicas de países mais desenvolvidos (as cardiovasculares, por exemplo) com outras que são mais comuns em países subdesenvolvidos (como a mortalidade materna e a desnutrição).
As estatísticas sobre a saúde das mulheres revelam que as doenças diferem conforme o desenvolvimento regional e de classe social. Por exemplo, mulheres negras, pobres e com pouca escolaridade podem desenvolver doenças que não acometem mulheres ricas, brancas e com mais anos de estudos, mesmo que elas tenham a mesma idade e vivam no mesmo país, se as condições ambientais e econômicas forem diferentes.
Continuaremos…
Sueli Nascimento é Promotora Legal Popular Integrante da PROLEG
Acesse no site de origem: A saúde da mulher na perspectiva de gênero I, por Promotoras Legais Populares de Santo André (ABCD Maior, 13/11/2015)