O aborto legal, permitido em lei no Brasil em casos de estupro, risco à vida da gestante e anencefalia, é ecomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive como prevenção da mortalidade materna. Embora existam evidências científicas de que o procedimento de saúde é seguro quando feito de maneira legal e por profissionais capacitados, conteúdos falsos e distorcidos circulam amplamente pelas redes sociais.
Em junho, a aprovação do regime de urgência pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei 1904/24, conhecido como PL do Aborto ou PL do Estuprador, ampliou a disseminação de desinformação sobre o assunto. A proposta equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao crime de homicídio, incluindo casos de estupro quando o procedimento é legal. O texto segue tramitando na Câmara e aguarda despacho do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL). Mitos sobre a interrupção da gravidez, mesmo nos casos legalizados, passaram a ser disseminados não apenas por movimentos contrários à prática, mas também por políticos conservadores e de extrema-direita.
Uma parceria entre a Lupa e o Portal Catarinas analisou os conteúdos mais comuns que circulam pelas redes e que são também disseminados em narrativas supostamente “pró-vida”.
Veja as respostas da ciência e da legislação no Brasil e no mundo para os principais mitos e dúvidas sobre o aborto.