O aborto é a terceira causa de morte no Paraguai e as estatísticas apontam que entre 2012 e 2017 faleceram cerca de 100 mulheres por este procedimento, informaram hoje autoridades oficiais.
(Prensa Latina, 19/06/2018 – acesse no site de origem)
A assessora do Ministério de Saúde e Bem-estar Social, doutora Lida Sosa, assinalou que o número de mortes por aborto corresponde à quantidade nacional de certidões de óbito expedidas nos diferentes serviços, e não se discriminam entre abortos induzidos ou espontâneos.
Segundo dados dessa entidade, em 2016 ocorreu a maior quantidade de falecimentos pelas interrupções da gravidez com 24 casos fatais.
Após a meia sanção da Câmara de Deputados da Argentina a um projeto de Lei sobre a despenalização do aborto, a sociedade paraguaia enfrenta agora uma possível discussão do tema para um projeto similar.
O fato produziu aqui diversas opiniões a favor e contra, mas na opinião de analistas, o fato é que as cifras fornecidas pelo ministério são uma demonstração de que no Paraguai se pratica sim o aborto.
Para o ministro de Saúde, o doutor Carlos Morínigo, essa não é a via para ‘solucionar’ o problema de uma gravidez.
O titular do ramo afirmou que existem outros elementos que podem evitar o aborto, ainda mais pelo risco que implica um procedimento tão agressivo para o organismo da mulher.
Por mais profissional que seja o médico – assegurou o ministro -, o aborto nunca pode ser considerado seguro.
Nesse sentido, enfatizou a importância de dar prioridade à educação sexual nas escolas, consultórios, trabalhar com os adolescentes e até com o casal mesmo. ‘Nós somos promoção da saúde e devemos nos focar em prevenir antes que abortar’, expressou.