Brasil e Portugal querem mulheres no centro do combate ao HIV/Aids

24 de maio, 2016

(Rádio ONU, 24/05/2016) Evento paralelo à Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, destacou importância de acabar com a desigualdade de gênero na resposta ao HIV; ministros da Saúde brasileiro e português participaram.

Acabar com a desigualdade de gênero na resposta ao HIV, colocando as mulheres na estratégia para acabar com a epidemia de Aids.

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Países defendem ampliar acesso de mulheres a serviços de saúde para acabar com epidemia de HIV (ONU Brasil, 24/05/2016)

Este foi o apelo feito aos países pelos participantes de um evento paralelo de alto nível realizado durante a 69ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. Os ministros da Saúde do Brasil e de Portugal participaram do encontro.

Liderança

A primeira-dama do Panamá e embaixadora especial do Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/Aids, Unaids, Lorena Castillo de Varela foi a anfitriã do evento paralelo.

Ela destacou a importância de mulheres assumirem papeis de liderança para garantir o desenvolvimento de programas e políticas compatíveis a suas necessidades.

O evento se concentrou em três tópicos: a eliminação de novas infecções por HIV entre crianças; a prevenção da doença entre meninas e jovens mulheres e o acesso ao tratamento para todos.

Brasil e Portugal

Para o ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, há uma “ligação” entre cuidar de si e dos outros e as mulheres têm um “papel de cuidadoras de sua família e comunidade”.

Segundo o ministro da Saúde de Portugal, Adalberto Campos Fernandes, “o que precisa mudar é garantir acesso a todas as formas de prevenção, diagnóstico, cuidado e tratamento para todos, especialmente em relação a jovens mulheres e às populações mais vulneráveis”.

Envolvimento

O Unaids afirmou que o envolvimento e empoderamento de mulheres junto com um maior acesso à prevenção e tratamento eficaz para o HIV foi essencial no sucesso das ações globais para eliminar novas infecções entre crianças.

Estes casos caíram a menos da metade, de 520 mil por ano em 2000 para 220 mil em 2014. Para o programa, essa abordagem abrangente e inclusiva deve agora ser ampliada para incluir todas as pessoas vivendo com HIV, incluindo jovens mulheres e crianças.

Causa de Morte

Em todo o mundo, a Aids permanence a principal causa de morte entre mulheres em idade reprodutiva.Em 2014, está foi a principal principal causa de mortalidade entre adolescentes na África Subsaariana.

Violência e desigualdade e gênero, práticas nocivas, estigma e descriminação muitas vezes impedem que mulheres e meninas tenham um diagnóstico e acessem serviços adequados para prevenção e tratamento para o HIV.

Segundo o Unaids, estimativas são que de 670 mil meninas adolescentes entre 15 e 19 anos vivendo com HIV, apenas 20% sabem que têm o vírus.

Fim da Epidemia

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan,  elogiou o evento paralelo, destacando a importância do trabalho com adolescentes. Para ela, se este grupo etário for negligenciado, não será possível alcançar o objetivo de acabar com a epidemia de Aids até 2030.

Entre 8 e 10 de junho deste ano, um encontro de alto nível, na sede da ONU, em Nova York, vai discutir o combate à doença.

Laura Gelbert

Acesse no site de origem: Brasil e Portugal querem mulheres no centro do combate ao HIV/Aids (Rádio ONU, 24/05/2016)

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