Caso Mirian Bandeira e crianças forçadas a serem mães: Brasil sob revisão da ONU

Violencia contra meninas mulheres

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

24 de maio, 2024 Portal Catarinas Por Kelly Ribeiro

País é signatário da Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e deve receber recomendações para se adequar ao tratado.

O caso de Mirian Bandeira, mulher indígena de 35 anos que morreu no parto após ter a interrupção de gravidez negada no Paraná é citado em um dos relatórios-sombra que recomenda à Organização das Nações Unidas (ONU) uma série de medidas para garantir acesso ao aborto legal no Brasil.

O documento foi elaborado pelas Defensorias Públicas do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Roraima e Mato Grosso do Sul, pela Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pela Rede Feminista de Saúde.

As políticas adotadas pelo Brasil em relação aos direitos de meninas e mulheres serão analisadas, nesta quinta-feira(23) pelo Comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (Cedaw). Será a primeira revisão do país em 12 anos.

A 88ª sessão da Cedaw começou em 13 de maio e segue até o próximo dia 31, em Genebra, Suíça. A Delegação Oficial Brasileira, liderada pela Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, apresentará o relatório oficial, enquanto 90 entidades da sociedade civil e instituições de direitos humanos colaboraram com 42 relatórios-sombra. Os documentos analisam de maneira crítica e independente como e se o país tem cumprido suas obrigações em relação ao tratado e oferecem um contraponto ao relatório oficial.

A Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (Cedaw) é o mais importante acordo internacional de promoção dos direitos das mulheres, ratificado por quase 200 países, entre eles o Brasil desde 1984.

Ela data de 1979 e é resultado da luta dos movimentos feministas de diversos países, articulados internacionalmente, e que conseguiram pautar as discussões da Primeira Conferência Mundial sobre as Mulheres, no México, em 1975. A Convenção concretizou os compromissos assumidos nessa conferência.

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