Crianças do Interior com microcefalia seguem à espera de tratamento

29 de março, 2016

(O Povo, 29/03/2016 )Para a primeira consulta médica de Pedro Neemias, Maria Cleidiane, 21, acordou às três da madrugada e percorreu mais de 270 km, de Massapê a Fortaleza. Tinha de estar no Hospital Infantil Albert Sabin às oito da manhã e voltaria no mesmo dia para o município.

Com o primogênito nos braços, a mãe lembra que escolheu o nome bíblico para o menino desde a gestação. Pedro é uma das 143 crianças notificadas com suspeita de microcefalia associada ao zika vírus no interior do Ceará. E Cleidiane é uma das centenas de mães que enfrentam a migração pendular para buscar acompanhamento do filho na Capital.

Eurides Soares, 33, é moradora do Cariri e afirma que tudo o que conseguiu para a filha Maria Elisa, de três meses, foi devido a bastante esforço. “Procurei médicos, a secretaria de Saúde da região, me reuni com outras mães e a gente foi correndo atrás”, lembra.

Eurides participa da rede de apoio formada por Eroneide de Carvalho, também do Cariri. O estímulo para criar o grupo surgiu justamente da dificuldade que as famílias enfrentavam na busca pelo tratamento das crianças. “Eu via as mulheres em topiques quentes ou ambulâncias indo com essas crianças a Fortaleza. O objetivo é tentar ajudar, ouvir, se informar e fazer com que essas crianças tenham a melhor qualidade de vida possível”, conclui Eroneide.

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