(M de Mulher, 12/04/2016) Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou novos números do projeto Parto Adequado, que visa reduzir o número de cesáreas desnecessárias no Brasil.
No início de 2015, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) lançaram o Projeto Parto Adequado, que busca reduzir o alto número de partos cesarianos feitos desnecessariamente no país. Para se ter uma ideia, o procedimento representa 84% dos nascimentos em instituições privadas. Sem indicação médica, sabe-se que a cirurgia aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte para a mãe.
Mas tudo isso está mudando, de acordo com a ANS. Antes do programa, as 40 instituições públicas e privadas participantes apresentavam uma taxa de 22% de partos normais. Um ano depois, esse índice subiu nove pontos percentuais – ou seja, atualmente, em média 31% dos nascimentos são por via vaginal. Além disso, mais da metade dos hospitais e maternidades já conta com 40% dos partos sendo do tipo normal. “Continuamos avançando de maneira muito rápida e consistente, consolidando o que já havíamos cumprido e avançando ainda mais, com resultados que eram esperados apenas em setembro”, comentou a diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira.
Menos bebês na UTI neonatal
Outro ponto de avanço do projeto, segundo a ANS, é a redução no número de internações nas UTIs neonatais – os índices variam de 29% a 67% menos bebês internados, de acordo com o órgão. Além de menos riscos para a saúde dos recém-nascidos, essa queda significa custos hospitalares mais baixos.
Investimentos
De acordo com a ANS, para alcançar esses objetivos, as instituições que participam do programa estão investindo em infraestrutura hospitalar e incentivando mudanças culturais e nos processos de trabalho. “As medidas têm possibilitado a incorporação de equipe multiprofissional, promovido a capacitação dos profissionais para ampliar a segurança na realização do parto normal e a revisão das práticas relacionadas ao atendimento das gestantes e bebês, desde o pré-natal até o pós-parto”, diz a agência, em nota.
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