Impactos do zika vírus no desenvolvimento infantil

02 de maio, 2017

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP participa de projeto interdisciplinar e multicêntrico para analisar os impactos do Zika no desenvolvimento infantil e no contexto familiar

(USP/RP, 02/05/2017 – acesse no site de origem)

Projeto interdisciplinar trabalha na análise de crianças afetadas pelo Zika vírus e como essas alterações afetam o desenvolvimento infantil e o contexto familiar. O estudo compara dois grupos de famílias de crianças nascidas entre julho de 2015 e agosto de 2016, período em que houve o surto de Zika vírus no Brasil. O estudo vai identificar quais limitações são impostas devido à presença do zika vírus e, também, limitações que são causadas por outros fatores, como o contexto familiar, social ou econômico.

O primeiro grupo é composto por 203 famílias de crianças que apresentam alterações associadas à epidemia do vírus. Já o segundo é composto por 100 famílias de crianças que não possuem nenhuma alteração causada pelo Zika. As famílias serão acompanhadas até as crianças completarem 3 anos e meio de idade.

Uma das professoras responsáveis pelo estudo, Débora Falleiros de Mello, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, é enfática ao afirmar que “o desenvolvimento infantil requer um ambiente de cuidado domiciliar com estímulos adequados e positivos, com encorajamento e suporte às famílias, para um impacto no desenvolvimento sócio emocional e da aprendizagem das crianças, principalmente na primeira infância (até 5 anos de idade)”.

A professora ainda afirma que, com esse projeto, poderá ser analisado o cuidado dos familiares com a criança e descobrir até onde vai o conhecimento dessas famílias a respeito de tomadas de decisão e do desenvolvimento da criança na primeira infância, além das necessidades e expectativas quanto aos serviços e cuidados.

Esse projeto, liderado pela professora Darci Neves, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), inclui oito pesquisadores (foto) e mais 20 membros, sendo profissionais e alunos das áreas de medicina, enfermagem, psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, saúde coletiva e do bacharelado interdisciplinar em saúde, da EERP, UFBA, Universidade Estadual Feira de Santana (UEFS), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). O projeto também conta com parceria da professora Hannah Kuper, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, Reino Unido.

Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o projeto “Efeitos das manifestações neurológicas congênitas associadas ao Zika vírus sobre o desenvolvimento cognitivo infantil: um estudo de coorte prospectiva no contexto da Atenção Básica, em Salvador-BA” foi aprovado em novembro de 2016, com previsão de término para outubro de 2020.

Mais informações: [email protected]

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