(Folha de S.Paulo, 16/06/2016) A pior epidemia de dengue da história de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) causou sete mortes e deixou doentes ao menos 34.373 pessoas que procuraram unidades de saúde da cidade nos cinco primeiros meses deste ano.
Os dados fazem parte de boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (15) pela Secretaria da Saúde do município. No levantamento anterior, com dados até abril, já havia quatro mortes confirmadas.
A cidade, que é campeã de registros de dengue em São Paulo em 2016, teve confirmadas as mortes de um idoso, uma criança e cinco mulheres com idades entre 31 e 80 anos, de acordo com a secretaria.
Em maio, foram confirmados 518 casos, num cenário que tem apresentado queda nos últimos meses. O ápice da epidemia foi atingido em fevereiro, com 13.080 confirmações.
De acordo com a administração, 56.111 pessoas procuraram unidades de saúde com suspeita da doença neste ano. Além da dengue, outras duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti atingiram altos níveis de infestação na cidade, especialmente o vírus da zika.
Foram registrados 5.304 casos suspeitos da doença entre janeiro e maio, incluindo gestantes que apresentaram manchas vermelhas no corpo. Todas foram submetidas a exames laboratoriais e, dos 405 resultados já conhecidos, 266 confirmaram a doença nas gestantes. Outros 139 foram descartados.
Em maio, a cidade registrou o nascimento de uma criança com microcefalia, mas ainda está sendo investigado possível elo com zika. Já os casos suspeitos de chikungunya somam 134 neste ano, ante 28 registrados em todo o ano passado na cidade.
Marcelo Toledo
de Ribeirão Preto
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