(Folhamax, 30/05/2016) Depois de sugerir uma ampla campanha informativa para a divulgação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para casos de microcefalia, o deputado estadual Mauro Savi (PSB) apresentou indicação na qual sugere ao Governo do Estado a implantação de centros de referência para atendimentos às crianças com a patologia. Pela proposta do parlamentar, os centros devem funcionar em anexo aos hospitais públicos de Mato Grosso.
“Os números de casos são crescentes e, o que é mais grave, sem previsão de queda. Os médicos, os pesquisadores da área da saúde (mundial) e a mídia, nacional e local, alertam para números assustadores. A situação em nosso estado não é diferente, principalmente na região sul. A microcefalia nos apresenta uma geração de pessoas com necessidade de reabilitação. Governo e sociedade devem estar mobilizados, com o objetivo de amenizar as angústias presentes nas várias questões levantadas pelas famílias”, argumentou Mauro Savi.
A Constituição Federal de 1988 garante à pessoa com deficiência, de qualquer idade, que comprove não possuir meios de se sustentar ou de ser sustentada pela família, o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). Enquadram-se nesse rol os casos de microcefalia. “Porém, mais do que o auxílio financeiro, é necessário disponibilizar atendimento médico especializado para as vitimas da microcefalia e seus familiares”, argumenta Savi.
O deputado alerta que estamos diante de uma geração que necessitará de reabilitação o quanto antes. Para ele, o número de pediatras, neuropediatras, oftalmologistas, otorrinolaringologistas, pneumologistas, ortopedistas, terapeutas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros etc precisa ser revisto, assim como os locais para atendimentos.
“Para uma criança com microcefalia, que tenha danos neurológicos menos graves, o não acesso a recursos médicos pode sacrificar a chance de ela ser independente. Já para uma criança com danos severos, não receber tratamento pode significar a morte”, observou ao defender a estimulação precoce e o acompanhamento das crianças atingidas.
Para o parlamentar, a criação de centros de referência para o atendimento dessas crianças será um alento nas angústias das famílias “assombradas” por dúvidas e sem condições financeiras para procurar tratamento na rede particular.
Mauro Savi defende que sejam disponibilizados tratamentos especializados com corpo clínico formado por pediatras, neuropediatras, oftalmologistas e geneticistas, além de uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, enfermeiros, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais.
Da redação
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